Recentemente, o mercado de securitização registrou algumas notícias e operações relevantes que merecem atenção
(1) O FIDC dos Condomínios, estruturado pela RGS Partners e gerido pela Kanastra, captou R$ 75 milhões para financiar a expansão do produto de Inadimplência Zero da Superlógica Tecnologias, investida do fundo de private equity Warburg Pincus LLC, conforme notícia da Patricia Valle no NeoFeed. O fundo, estruturado no formato padronizado, antecipa a arrecadação dos condomínios e adquire os boletos condominiais que ainda não venceram.
(2) A Kaya Asset Management buscará incluir no seu portfólio de FIDCs dois novos segmentos de ativos: royalties musicais e receitas de mídia para clubes de futebol, conforme notícia da Patricia Valle no NeoFeed. No mundo da música, esse é um passo importante tanto como uma nova linha de crédito quanto para a profissionalização das empresas e equipes deste ramo.
Confira nossa publicação sobre “Elementos Essenciais das Operações de Securitização” e também “Estruturas Warehouse em Operações de Securitização“.
(3) Vale conferir o interessante estudo da Liberum Ratings, a pedido do NeoFeed, que cobriu cerca de 60% do mercado de FIDCs e teve como destaque a mensuração das rentabilidades das cotas subordinadas de FIDCs que combinam multicendente e multisacado (que representa cerca de 80% da amostra). Segundo o estudo, a rentabilidade média ponderada desses FIDCs foi de 1,8% ao mês, acumulando 164,5% de valorização desde 2020, sendo que no mesmo período o CDI rendeu em média 0,7% ao mês e 44,7% em quatro anos e meio.
(4) A BASF captou R$800 milhões para financiar a venda de insumos aos clientes, como distribuidores, cooperativas e produtores rurais, em uma terceira rodada de captação por meio de FIDC, gerido pela Opea, conforme notícia da Rita Azevedo no Valor Econômico.
(5) A VCA Construtora captou por meio de CRI, emitido pela Canal Securitizadora e estruturado pela CVPAR Business Capital, R$70 milhões, para o empreendimento Baron Connect, em Vitória da Conquista na Bahia, que conta com lotes comerciais e residenciais.
(6) A Tegra Incorporadora captou por meio de CRIs Verdes no setor da construção civil no Brasil, em parceria com o banco BV, R$ 322 milhões, que serão destinados, preferencialmente, ao desenvolvimento de empreendimentos de “prédios verdes” certificados pelos selos AQUA, EDGE e LEED, conforme notícia da Liane Thedim no Valor Econômico.
(7) A Nutribras Alimentos realizou, junto com o banco BV sua primeira operação do mercado de capitais brasileiro por meio da emissão de debêntures securitizadas lastreadas em recebíveis da Nutribras, no valor de R$ 30 milhões.
(8) O Grupo Tauá de Hotéis realizou sua primeira captação do mercado de capitais, coordenada pelo Itaú BBA, por meio de CRI no valor de R$ 150 milhões, para expandir sua operação, conforme notícia de Moacir Drska no NeoFeed.